O Dia da Paz Mundial ou Dia do Kosen-rufu” em 16 de março de cada ano, é uma comemoração internacional de membros da Soka Gakkai” Internacional, para marcar a data de 16 de março de 1958, quando se deu a transmissão da tarefa de realizar a paz mundial à Divisão dos Jovens, mais precisamente ao líder budista japonês, Daisaku Ikeda, ocasião em que o também líder budista japonês, Jossei Toda, liderou, pela última vez, uma atividade da Soka Gakkai e delegou a cada um dos jovens presentes e aos vindouros, a tarefa de realizar a paz perene no mundo.
Para conhecimento, tudo começou oficialmente em 18 de novembro de 1930, em cuja data o Estado brasileiro de São Paulo festeja o “”, quando os líderes budistas japoneses, Makiguti e seu discípulo e também professor, Jossei Toda, publicaram pela editora de “Soka Kyoiku Gakkai” [Sociedade Educacional de Criação de Valores] o 1º volume do livro “Sistema Pedagógico de Criação de Valores” ou “Soka Kyoikugaku Taikei”, além de formarem um grupo para empreender atividades educacionais e religiosas, que foi a instituição precursora da “Soka Gakkai” no mundo, uma ONG [Organização Não-Governamental] que tem como objetivos o estabelecimento da paz, da cultura e da educação com seus cerca de 15 milhões de membros em 192 países e territórios de toda a Terra, tendo como base filosófica o Budismo de Nitiren Daishonin, que tem como prática principal o Daimoku, que consiste na recitação do mantra “Nam-Myoho-Rengue-Kyo”.
Depois do lançamento das bases para a “Soka Gakkai”, Makiguti pretendia publicar 12 volumes da obra “Sistema Pedagógico de Criação de Valores” ou “Soka Kyoikugaku Taikei”. O 1º foi lançado em 1930. O 2º, em 1931, o 3º, em 1932 e o 4º, em 1934. Os 8 volumes seguintes jamais foram publicados. Dez anos se passaram desde o lançamento do quarto volume até o falecimento de Makiguti na prisão em 1944. A visão de Makiguti passou por uma grande mudança nesse período por ter se convertido ao budismo de Nitiren Daishonin. Seu interesse por essa filosofia era tão grande que ele passou a se dedicar totalmente às atividades da Soka Gakkai. Ele via nela a possibilidade de propagar seus ideais humanísticos em prol da educação.
Em 1935, o estatuto da Sociedade Educacional de Criação de Valores ficou pronto. O artigo 1º estabelecia o seu nome e o artigo 2º estipulava que seus objetivos estavam voltados para as pesquisas relacionadas à criação de valores, ao desenvolvimento de professores altamente capacitados e à reforma do sistema educacional do Japão. Em julho de 1936, o primeiro dos seminários foi promovido pelo grupo no alojamento Rikyobo, no Taissekiji. Em 1937, Makiguti, Toda e mais de 50 pessoas realizaram uma cerimônia no Auditório Meikei de Tóquio, marcando um novo início para a organização, e assim instituindo oficialmente a Soka Kyoiku Gakkai. Iniciou-se também um grande movimento de propagação do Budismo Nitiren com a realização de reuniões de palestra, que logo se tornou uma atividade tradicional da organização.
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Em 1940, foi realizado um 2º encontro. A organização havia atingido o número de 500 famílias, sendo necessária uma revisão em seus regulamentos. Makiguchi foi nomeado presidente e Toda, diretor-geral. Nessa época, eclodiu a Segunda Guerra Mundial, com a invasão da Polônia pelos nazistas. As tropas do Japão também avançavam, invadindo a China e a Coreia.
Observando o desenrolar dos acontecimentos, Makiguchi criticou abertamente a política do governo japonês de unificar todos os ensinos ao xintoísmo, religião oficial do governo. Como consequência disso, em junho de 1943 os líderes da Soka Gakkai foram convocados a comparecerem ao Taissekiji. Nessa ocasião, o clero sugeriu que os membros da organização acatassem a decisão do governo e abraçassem “provisoriamente” o talismã xintoísta. Makiguchi ficou indignado com essa proposta, que feria totalmente o espírito do budismo de Nichiren Daishonin. Em vista disso, todas as atividades da Gakkai passaram a ser vigiadas pela polícia Especial de Segurança do Governo do Japão, o que fez com que, logo depois, se desse a prisão de Makiguti, Toda, e vários líderes da organização, acusados então de violarem a Lei da Preservação da Paz e de desrespeitarem os santuários xintoístas. Devido à pressão, somente Makiguti e Toda se mantiveram firmes e irredutíveis em seus propósitos.
Com a morte de Makiguti na prisão em 1944, após ser libertado da prisão, em 3 de julho de 1945, pesando menos de 40 quilos, muito pouco para os seus quase 1,80 metros de altura, e num estado de saúde menos que precário: tinha desnutrição, tuberculose, asma, cardiopatia, diabetes, e reumatismo e diarréia crônica, além de que sua forte miopia havia sido agravada por suas péssimas condições física de então, Josei Toda deu continuidade aos ideais de Makiguchi, reformulando e construindo a base da organização, que passou a se chamar Soka Gakkai (Sociedade de Criação de Valores). Em 1948, durante uma reunião de palestra – principal atividade da organização onde se realizam diálogos de vida a vida e discussões sobre a aplicação do Budismo na vida diária, Josei Toda se encontra pela primeira vez com Daisaku Ikeda. Impressionado com os nobres ideais de Toda, suas respostas claras e convictas e sua visão de um modo correto de se viver, Daisaku decide tornar-se seu discípulo, acompanhando-o em todos os empreendimentos delineados para a propagação do Budismo de Nitiren Daishonin.
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Jossei Toda assume como presidente da Soka Gakkai em 3 de maio de 1951, quando lançou, como objetivo de sua vida, a expansão do budismo de Nichiren Daishonin para 750.000 famílias. Na ocasião, a organização contava com apenas 3.000 famílias e muitos dos presentes acharam que este objetivo nunca seria alcançado.
A partir daí, Jossei Toda passa a viver num ritmo alucinante a fim de reconstruir a Soka Gakkai. Edificou organizações de base, realizou reuniões de palestra por todas as partes do Japão, orientou os membros sobre diversos assuntos, fez visitas às famílias e fundou as Divisões Feminina, Feminina de Jovens e Masculina de Jovens.
Ainda no ano de 1951, visando a comemorar os setecentos anos do estabelecimento do Verdadeiro Budismo, Toda anunciou o projeto de publicação da coletânea completa das escrituras de Nitiren Daishonin (Gosho Zenshu). Com o auxílio de seu discípulo, Daisaku Ikeda, a obra foi lançada em 28 de abril de 1952.
Em 1957, o número de associados ultrapassou 765.000 famílias. No dia 8 de setembro daquele ano, foi realizado um festival esportivo pela Divisão dos Jovens denominado “Festival da Juventude”. Nessa ocasião, Jossei Toda proferiu sua famosa “Declaração pela Abolição das Armas Nucleares” para as 50 000 pessoas presentes no Estádio Esportivo de Mitsuzawa e a deixou como principal testamento para os jovens.
Josei Toda encerrou sua nobre existência aos 58 anos de idade, ao falecer em 2 de abril de 1958, após concluir todos os seus empreendimentos.
Com o falecimento de Toda, alguns duvidavam que a Soka Gakkai sobrevivesse, mas a determinação e o empenho de Ikeda fez com que as dúvidas se dissipassem no coração dos companheiros, devolvendo-lhes esperança e dando novo impulso à organização.