Câmara dos Deputados aprova aumento de parlamentares de 513 para 531; veja como votaram os baianos

Em uma votação acirrada realizada na noite desta terça-feira (6), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei complementar que aumenta o número de deputados federais no Brasil de 513 para 531. A proposta foi aprovada por 270 votos a favor, 207 contra e 3 abstenções, após intenso debate em plenário.

A medida atende a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigiu que o Congresso revisasse a distribuição das cadeiras parlamentares com base nos dados atualizados do Censo Demográfico de 2022. O objetivo é ajustar a representação dos estados de forma proporcional ao tamanho da população atual.

Para cumprir a decisão do STF e evitar que estados perdessem cadeiras — como seria o caso da Bahia, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul —, a proposta optou por ampliar o número total de deputados, beneficiando estados em crescimento populacional como Pará, Amazonas, Goiás e Santa Catarina, que ganharão novas vagas.

Bahia mantém número de representantes

Com a nova distribuição, a bancada baiana continuará com 39 deputados, mesmo com a perda proporcional de representatividade apontada pelo Censo. O aumento do número total de cadeiras evitou que estados como a Bahia perdessem espaço na Câmara.

Como votaram os deputados baianos

Dos 39 parlamentares da Bahia, a maioria votou contrariamente à proposta. Entre os que se posicionaram contra, destacam-se nomes da oposição e até mesmo de partidos governistas, sob o argumento de que o aumento de parlamentares representa mais custos para o país em meio a um cenário de contenção fiscal.

Veja como votaram alguns deputados da Bahia:

  • Lídice da Mata (PSB) – Contra
  • João Roma (PL) – A favor
  • Daniel Almeida (PCdoB) – Contra
  • Elmar Nascimento (União) – A favor
  • Alice Portugal (PCdoB) – Contra
  • Adolfo Viana (PSDB) – A favor
  • Jorge Solla (PT) – Contra

A matéria segue agora para o Senado, que deve analisar a proposta nas próximas semanas. Se aprovada, a nova composição da Câmara valerá a partir da legislatura de 2027.

Debate sobre custos e representatividade

Críticos da proposta apontam que o aumento de cadeiras pode gerar mais despesas com salários, gabinetes e estrutura administrativa. Já os defensores afirmam que o ajuste é necessário para garantir uma representação mais justa da população brasileira no Congresso.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o projeto corrige distorções históricas. “Não se trata de inflar o Parlamento, mas de garantir que todos os brasileiros estejam representados de forma proporcional e constitucional”, disse.

A expectativa agora é de que o tema volte a gerar debate no Senado, principalmente por seu impacto político e fiscal.

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